| Município de Estância | |||||
| "Jardim de Sergipe" | |||||
| |||||
| Fundação | 1831 | ||||
|---|---|---|---|---|---|
| Gentílico | estanciano | ||||
| Lema | Cultura e Trabalho | ||||
| Padroeiro(a) | Nossa Senhora de Guadalupe | ||||
História
Pedro Homem da Costa e seu concunhado foram agraciados com as terras onde se encontra hoje o território de Estância. A doação foi feita pelo capitão-mor da Capitania de Sergipe, João Mendes, em 16 de setembro de 1621, porém, as ditas terras haviam sido adquiridas anteriormente por Diogo de Quadros e Antônio Guedes, os quais não a povoaram nem a colonizaram, razão pela qual perderam o direito da concessão. Tanto Pedro Homem da Costa, como Pedro Alves e João Dias Cardoso, este último sogro dos dois, já ocupava a gleba antes da concessão, com roças e criação de gados.
Quem primeiro desbravou as terras foi Pedro Homem da Costa e nelas edificou uma capela, dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, santa que nos consta, é, também, a Padroeira do México. Entre os mexicanos, Estância é uma propriedade de criação de gado e os seus ocupantes são chamados de estancieiros, daí o nome adotado por Pedro Homem da Costa: Estância.
Durante muito tempo, Estância foi subordinada à Vila de Santa Luzia do Real, atualmente Santa Luzia do Itanhy. Só em abril de 1757, o rei autorizou que realizassem na povoação de Estância "vereações, audiências, arrematações e outros atos judiciais na alternativa dos juízes ordinários", acontecendo assim, a separação jurídica da Vila de Santa Luzia, então em franca decadência. Em 25 de outubro de 1831, a sede da Vila de Santa Luzia é transferida para Estância. Em 5 de março de 1835, é criada a sua Comarca, e, finalmente, a 4 de maio de 1848, foi elevada a categoria de cidade.
A cidade de Estância, denominada por S.M. Dom Pedro II como o jardim de Sergipe, a cidade dos sobrados azulejados, das festas juninas e do barco de fogo, ainda possui um belo acervo arquitetônico.
Patrimônio cultural
O IPHAN em 27 de julho de 1962 tombou a Casa à Praça Rio Branco nº. 35. Sobrado colonial que possui telhado em quatro águas com beirais e cimalha de madeira. No térreo possui quatro portas e três janelas alternadas de vergas curvas e ombreiras de madeira. O segundo pavimento possui sete janelas com balcões em balautradas em madeira. As fachadas laterais do pavimento superior possuem janelas semelhantes às da fachada principal. A fachada posterior apresenta o prolongamento do piso superior sobre pilastras de alvenaria. O prolongamento tem pé direito baixo e oito janelas geminadas de construção mais recente. O único exemplar acautelado em nível federal, incluído no livro de tombo histórico, na verdade, uma homenagem à rica história de Estância. E também mostra a predileção do órgão federal por bens coloniais.
Entretanto, são os sobrados e casas azulejados, muitos tombados pela Secretária de Cultura do Governo do Estado de Sergipe, que se destacam na paisagem urbana. Citamos os imóveis:
- Rua Capitão Salomão nº.67; Rua Pedro Soares nº. 442 (ou Cap. Salomão nº 84) - Rua Capitão Salomão nº. 122; Rua Capitão Salomão nº. 136; Rua Capitão Salomão nº. 227; Rua Capitão Salomão nº. 228; Rua Capitão Salomão nº. 256; Rua Duque de Caxias nº. 339; Rua Capitão Salomão nº. 162;
Também são tombados pelo Governo Estadual a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a pintura em óleo sobre tela Misericórdia e Caridade de autoria de Horácio Hora do Hospital Amparo de Maria.
Relevo
- Planície Litorânea – localizada ao longo da Costa, formada por dunas e praias.
- Tabuleiros Costeiros – localizados após a planície litorânea, constituído de baixo planalto pré-litorânea, com temperatura média de 25ْ C e um período de seca de até três meses.
- Vegetação Litorânea – é muito variada, nas praias predominam coqueirais e uma vegetação rasteira, com campos de matas de restingas e manguezais.
- Mata Atlântica – floresta fechada, com árvore alta encontrada no topo de algumas colinas e sopé das serras.
- Cerrado – vegetação espaçada com arbusto e árvore baixa, retorcidas, de casca grossa, pouco encontrada no nosso município.
Localização

Região Nordeste. O Município está situado ao Sudeste do Estado, integrando a micro-região do litoral Sul Sergipano.

Região Nordeste. O Município está situado ao Sudeste do Estado, integrando a micro-região do litoral Sul Sergipano.
Distância para a capital, Aracaju, 56Km em linha reta e 70Km por Rodovia Federal.
Área: Sua extensão é de 631 Km², o que corresponde a 2,8% de área territorial do Estado de Sergipe.
Limites: Fazendo parte da zona fisiográfica do litoral, limita-se ao Norte e Nordeste com o município de Itaporanga d' Ajuda; ao Leste e Sudeste com o Oceano Atlântico; ao Sul com o Estado da Bahia na restinga do Mangue Seco, separado pela Barra de Estância; ao Sudeste com os municípios de Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy, separado pelo Rio Piauí; ao Oeste com o município de Arauá e ao Nordeste com o município de Salgado.
Distrito do Município: O município possui um distrito que é o Bairro Cidade Nova.
Pontos Turísticos


FONTE: http://www.estancia.se.gov.br/
Pontos Turísticos


FONTE: http://www.estancia.se.gov.br/




























Não se sabe ao certo a origem do Cacumbi, acredita-se que é uma variação de outros autos e bailados como Congada, Guerreiro, Reisado e Cucumbi.
Em 1960, Azulão, um dos homens de Lampião, formou um grupo composto de 17 homens e 2 mulheres (representando Maria Bonita e Dadá), vestidos de cangaceiros e, com eles saiu cantando e dançando em ritmo de forró pelas ruas de Lagarto; costume vivo até hoje, revivendo as estórias e histórias de Lampião cantadas e decantadas em prosa e verso.
São dois grupos folclóricos unidos num folguedo que se baseia no episódio da destruição dos quilombos. O grupo dos Lambe-Sujos é formado por meninos e homens totalmente pintados de preto, usando uma mistura de tinta preta e melaço de cana-de-açúcar para ficar com a pele brilhosa. Eles usam short e um gorro de flanela vermelha. Nas mãos, uma foice, símbolo de luta pela liberdade. Fazem parte do grupo o Rei”, a Rainha e a “Mãe Suzana”, representando uma escrava negra.
Conta-se que no tempo da escravidão, os escravos negros fugitivos saíram à noite para roubar as anáguas das sinhazinhas deixadas no quaradouro. Cobrindo todo corpo até o pescoço, sobrepondo peça por peça, nas noites de lua cheia saíram pelas ruas dando pulos e rodopiando em busca da liberdade. A superstição da época contribuiu para que os senhores ficavam apavorados com tal assombração - acreditando em almas sem cabeça e outras visagens - e não ousavam sair de casa.
O Reisado, de origem ibérica, se instalou em Sergipe no período colonial. É uma dança do período natalino em comemoração do nascimento do menino Jesus e em homenagem dos Reis Magos. Antigamente era dançado às vésperas do Dia de Reis, estendendo-se até fevereiro para o ritual do “enterro do boi”. Atualmente, o Reisado é dançado, também, em outros eventos e em qualquer época do ano.
Dança em homenagem a São Gonçalo do Amarante, que segundo a lenda, teria sido um marinheiro que tirou muitas mulheres da prostituição, através da música alegre que fazia com a viola. A dança é acompanhada por violões, pulés (instrumentos feitos de bambu), e caixa. A caixa é tocada pelo "patrão" - homem vestido de marinheiro, como alusão a São Gonçalo do Amarante. O grupo dança em festas religiosas e pagamento de promessas. É composto em suas maioria por trabalhadores rurais, que se vestem de mulher, representando as prostitutas. Um dos grupos mais apreciados pela singeleza da dança e da música. 
Grupo de forte característica religiosa tendo por objetivo a louvação a São Benedito e a Nossa Sra. do Rosário, ambos padroeiros dos negros no Brasil. É da imagem dessa santa que se retira a coroa para colocar na cabeça da "Rainhas das Taieiras" ou "Rainha do Congo". Durante a missa na Igreja de São Benedito, em Laranjeiras, as Taieiras, grupo de influência afro, participa efetivamente do ritual cristão numa demonstração clara do sincretismo religiosos entre a Igreja Católica e os rituais afro-brasileiros. O momento da coroação é o ápice da festa que se realiza sempre no dia 06 de janeiro, nessa igreja.
Tocando quexerés (instrumentos de percussão) e tambores, as Taieiras, trajando blusa vermelha cortada por fitas e saia branca, seguem pelas ruas cantando cantigas religiosas ou não.
Zabumba é o nome popular do “bombo”, um instrumento de percussão. O termo, também, é usado para denominar o conjunto musical composta por quatro integrantes, todos do sexo masculino, conhecido como “Banda de Pífanos”. Em Sergipe, as apresentações da Zabumba acontecem em rituais de pagamento de promessas, datas comemorativas, festas religiosas e festivais de cultura popular.


